logo apav
Procurar
Close this search box.
ACESSO RÁPIDO

Dia Internacional da Tolerância Zero Contra a Mutilação Genital Feminina

 

O Dia Internacional da Tolerância Zero Contra a Mutilação Genital Feminina é assinalado anualmente a 6 de fevereiro. A Mutilação Genital Feminina ou Corte dos Genitais Femininos (MGF/C) constitui uma grave violação dos direitos humanos e, particularmente, uma forma de violência contra as mulheres.

Segundo a ONU, a probabilidade de uma menina ser sujeita à MGF/C é atualmente um terço menor do que há 30 anos, no entanto, o progresso precisa de ser pelo menos 10 vezes mais rápido para cumprir a meta global de eliminação da MGF até 2030. Os dados mais recentes estimam que na Europa vivam cerca de 600.000 mulheres e meninas a sofrer com as consequências físicas e psicológicas da MGF/C e que cerca de 180.000 meninas, em 13 países, estejam em risco de virem a ser submetidas a MGF/C.

A MGF/C compreende todos os procedimentos que envolvam a remoção total ou parcial dos órgãos genitais femininos externos, ou que provoquem lesões nos órgãos genitais femininos por razões não-médicas.

De acordo com a OMS, as razões pelas quais a MGF/C é praticada incluem uma mistura de factores socioculturais que caracterizam as famílias e as comunidades. Não se encontra em nenhuma religião fundamento para a MGF/C, sendo a manutenção da prática relacionada com crenças erradas acerca do desenvolvimento de uma menina e da sua preparação para ser uma mulher; acerca da sexualidade, feminilidade, fidelidade e/ou higiene.

Em Portugal, na sequência da ratificação da Convenção de Istambul, o crime de Mutilação Genital Feminina autonomizou-se em 2015 (assumindo natureza pública) no artigo 144º A do código penal.

Neste dia, sublinhamos que é fundamental tomar medidas no sentido de informar e sensibilizar a sociedade para a prevenção e o combate a todas as Práticas Tradicionais Nefastas (PTN).

As iniciativas devem focar-se nos direitos das mulheres e das crianças em particular, combatendo a desigualdade e a discriminação de género, que estão na base da perpetuação da MGF/C.

A APAV considera importante que as medidas de combate a todas as PTN alcancem as comunidades de maior risco e que envolvam os/as seus/suas líderes e mediadores/as, garantindo que as iniciativas governamentais sejam sempre articuladas com as iniciativas das ONG e restantes entidades da sociedade civil.

Atendendo às especificidades culturais deste tipo de crime e à sensibilidade que os profissionais envolvidos deverão adotar no contacto com as vítimas e seus familiares, é fundamental intensificar a colaboração entre o sistema de justiça e as organizações da sociedade civil que trabalham as questões MGF/C em Portugal, nomeadamente as que prestam serviços especializados de apoio à vítima.

A APAV, através da Unidade de Apoio à Vítima Migrante e de Discriminação (UAVMD), presta serviços de apoio jurídico, psicológico e social especializado a pessoas migrantes vítimas de crime e/ou vítimas de formas de violência específica, nomeadamente MGF/C.

Linha de Apoio à Vítima | 116 006
UAVMD | 21 358 79 14 | uavmd@apav.pt

Partilhar este conteúdo:

The owner of this website has made a commitment to accessibility and inclusion, please report any problems that you encounter using the contact form on this website. This site uses the WP ADA Compliance Check plugin to enhance accessibility. Skip to content